Aquilo não era um sonho. Pelo menos não parecia. Queria
voltar para ele, abraça-lo novamente. Tenho que parar com isso e seguir em
frente. Muita coisa mudou, inclusive minha cidade, meus amigos, meus
sentimentos. Assisti TV e depois subi para meu quarto. Coloquei essa roupa:
Precisava de tomar um ar, então saí para caminhar.
Caminhei até uma praça e me sentei em um banco. Fiquei um tempo lá, um menino
veio até mim.
XXXX: ei.
Katherine: oi. –disse olhando para as árvores.
XXXX: desculpa por ontem, na festa. –ele falou e fiquei
surpresa.
Katherine: era você? Não acredito! Você estuda na minha
escola. Na minha sala. Como pode fumar, isso acaba com você. Você não pode.
XXXX: a não? –ele soltou um riso.
Katherine: não!
Pegou um cigarro e começou a fumar. Peguei o cigarro de
sua boca, joguei no chão e pisei em cima.
Katherine: tenta fazer isso de novo.
XXXX: qual é a sua?
Apenas o ignorei. Me levantei e fui em direção a minha
casa. Ele foi atrás.
XXXX: não quer nem saber meu nome?
Katherine: não.
XXXX: tudo bem, sou o anônimo misterioso. –rimos.
Katherine: porque você tá me seguindo?
XXXX: porque você é teimosa, e eu gosto disso.
Katherine: haha, agora é sério, para de me seguir, ta me
assustando.
XXXX: é melhor, assim eu posso fumar.
Vi que seu maço de cigarro estava no bolso de seu casaco.
Em um movimento rápido peguei seu maço.
Katherine: quero ver você fumar sem isso.
Saí correndo para casa. Ele tentou me alcançar, mas
comecei a correr muito antes. Cheguei em casa e já havia esquecido por completo
o maço de cigarro que estava em minha mão. Minha mãe assistia a TV. Quando a
vi, logo lembrei que estava com o maço na mão e como não tinha bolso algum, o
escondi atrás de mim e corri para meu quarto. Precisava de um lugar para
esconder aquilo. Procurava um lugar e minha mãe chegou em meu quarto. Logo
joguei o maço debaixo da minha cama.
Elen: o que foi isso?
Katherine: o que?
Elen: que você jogou.
Katherine: é um... uma caixa.
Elen: caixa?
Katherine: é porque a Me-megan me deu uma caixa, com uma
pulseira.
Elen: que gentileza a dela. Posso ver?
Katherine: claro, deixa eu pegar.
Me inclinei para baixo na cama e estiquei minha mão e
empurrei o maço o mais longe que consegui.
Katherine: eu não alcanço, pode ser depois?
Elen: bom, talvez eu alcance.
Katherine: tenho certeza que não mãe, vou arranjar algo
para conseguir pegar e te mostro depois. Não quero te atrapalhar, continue
assistindo seu filme.
Elen: tudo bem.
Ela finalmente saiu do quarto e fiquei muito aliviada.
Meu coração batia forte e estava tremendo. Acho que nunca passei por algo assim
antes. Tirei a caixa de cigarros de lá e logo achei um lugar para escondê-la.
Talvez fosse melhor jogá-la no lixo. De todo jeito não ia querer devolvê-la e
muito menos fumar. Resolvi então a jogar no lixo, mas antes a enrolei em papel
higiênico. Mas minha mãe ainda queria ver aquela pulseira. Talvez ela
esquecesse disso. Tomei um banho demorado e coloquei um pijama. Fiz ovos para
mim, comi e me deitei na cama. Não conseguia dormir então entrei no computador
e mexi por um tempo até que resolvi dormir.
Victoria: acorda Kath!
Abri os olhos e parecia ser 4 horas da manhã, estava
morrendo de sono e era um dia muito frio. Resolvi então colocar essa roupa:
Tomei meu café e fui para a escola com Josh e Katherine.
Assisti as aulas e em uma delas quase dormi, pois estava com muito sono.
Professor: Katherine quer ir no banheiro lavar o rosto? Está
quase dormindo.
Katherine: me desculpa. Não obrigada.
Na hora do recreio, o ‘’anônimo misterioso’’ veio falar
comigo.
XXXX: Katherine, quero meus cigarros! –ele disse um pouco
bravo.
Katherine: sinto muito parece que perdi eles. –dei um
sorriso maldoso. –acho que não vai mais vê-los.
XXXX: ah tudo bem você acha eles para mim.
Katherine: bom, perdi eles no lixo, aposto que não vai
querer eles de volta. Caso contrário, sem problemas eu pego pra você.
Ele saiu e fui para o refeitório. Estava sem fome então
não comi nada, apenas fiquei conversando com Megan e uma menina, também novata
que conheci, chamada Boonie. Foi bom conversar com elas. Voltamos para as salas
e depois da escola fui para a casa.
Resolvi ler meu papel, ele me lembrava da vida antiga, na
velha cidade. Era tudo tão diferente. Me fazia lembrar inclusive de duas
pessoas muito importantes, que não estão mais na minha vida. Imaginei se Justin
leu ele. É bem pessoal, espero que não. Tão pessoal que nem gostaria de ler
para você. Talvez um dia, mas até lá, ele é minha lembrancinha. Sorri. Estava
morrendo de fome. Fui até o quarto de minha mãe. Não a vi. Olhei em seu
banheiro e ela devia estar lá, pois a porta estava trancada. Quando ia bater na
porta, ouvi uma coisa. Ouvi ela chorar. Mas porque ela estaria chorando. O que
será que havia acontecido? Escutei um pouco mais, e não aguentei ficar ouvindo
ela chorar. Bati na porta. Ela parou.
Elen: um segundo.
Ouvi ela ligar a pia. Depois de algum tempo ela abriu a
porta. Sua cara estava inchada e vermelha de chorar.
Katherine: o que foi mãe? –a abracei.
Elen: nada. Esqueci completamente de fazer o almoço, vou
fazer espere só um pouco.
Katherine: não mãe, não precisa. Vou pedir uma pizza. –sorri
para ela e esperava que ela retribuísse o sorriso, mas não foi isso que
aconteceu. Seria bom vê-la sorrir.
Elen: tudo bem, vai lá.
Esperou eu sair do quarto e fechou a porta. Pedi uma
pizza e comi. Depois chamei Josh e Vick para comerem. Queria saber o que estava
acontecendo com mamãe. Ela havia acabado de atender uma ligação antes de começar
a chorar. Peguei o telefone e vi o número que havia ligado. Resolvi ligar para
ele e ver quem era. Liguei e um homem atendeu.
XXXX: alô?
Ao ouvir aquela voz, congelei. Não podia ser, mas por que
ele teria ligado será que....
CONTINUA.... Quem será que é no telefone? O que vocês acham? Comentem.
CONTINUA.... Quem será que é no telefone? O que vocês acham? Comentem.
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