sexta-feira, 1 de junho de 2012

Dream Out Loud - Capítulo 5


Aquilo não era um sonho. Pelo menos não parecia. Queria voltar para ele, abraça-lo novamente. Tenho que parar com isso e seguir em frente. Muita coisa mudou, inclusive minha cidade, meus amigos, meus sentimentos. Assisti TV e depois subi para meu quarto. Coloquei essa roupa:



Precisava de tomar um ar, então saí para caminhar. Caminhei até uma praça e me sentei em um banco. Fiquei um tempo lá, um menino veio até mim.

XXXX: ei.
Katherine: oi. –disse olhando para as árvores.
XXXX: desculpa por ontem, na festa. –ele falou e fiquei surpresa.
Katherine: era você? Não acredito! Você estuda na minha escola. Na minha sala. Como pode fumar, isso acaba com você.  Você não pode.
XXXX: a não? –ele soltou um riso.
Katherine: não!

Pegou um cigarro e começou a fumar. Peguei o cigarro de sua boca, joguei no chão e pisei em cima.

Katherine: tenta fazer isso de novo.
XXXX: qual é a sua?

Apenas o ignorei. Me levantei e fui em direção a minha casa. Ele foi atrás.

XXXX: não quer nem saber meu nome?
Katherine: não.
XXXX: tudo bem, sou o anônimo misterioso. –rimos.
Katherine: porque você tá me seguindo?
XXXX: porque você é teimosa, e eu gosto disso.
Katherine: haha, agora é sério, para de me seguir, ta me assustando.
XXXX: é melhor, assim eu posso fumar.

Vi que seu maço de cigarro estava no bolso de seu casaco. Em um movimento rápido peguei seu maço.

Katherine: quero ver você fumar sem isso.

Saí correndo para casa. Ele tentou me alcançar, mas comecei a correr muito antes. Cheguei em casa e já havia esquecido por completo o maço de cigarro que estava em minha mão. Minha mãe assistia a TV. Quando a vi, logo lembrei que estava com o maço na mão e como não tinha bolso algum, o escondi atrás de mim e corri para meu quarto. Precisava de um lugar para esconder aquilo. Procurava um lugar e minha mãe chegou em meu quarto. Logo joguei o maço debaixo da minha cama.

Elen: o que foi isso?
Katherine: o que?
Elen: que você jogou.
Katherine: é um... uma caixa.
Elen: caixa?
Katherine: é porque a Me-megan me deu uma caixa, com uma pulseira.
Elen: que gentileza a dela. Posso ver?
Katherine: claro, deixa eu pegar.

Me inclinei para baixo na cama e estiquei minha mão e empurrei o maço o mais longe que consegui.

Katherine: eu não alcanço, pode ser depois?
Elen: bom, talvez eu alcance.
Katherine: tenho certeza que não mãe, vou arranjar algo para conseguir pegar e te mostro depois. Não quero te atrapalhar, continue assistindo seu filme.
Elen: tudo bem.

Ela finalmente saiu do quarto e fiquei muito aliviada. Meu coração batia forte e estava tremendo. Acho que nunca passei por algo assim antes. Tirei a caixa de cigarros de lá e logo  achei um lugar para escondê-la. Talvez fosse melhor jogá-la no lixo. De todo jeito não ia querer devolvê-la e muito menos fumar. Resolvi então a jogar no lixo, mas antes a enrolei em papel higiênico. Mas minha mãe ainda queria ver aquela pulseira. Talvez ela esquecesse disso. Tomei um banho demorado e coloquei um pijama. Fiz ovos para mim, comi e me deitei na cama. Não conseguia dormir então entrei no computador e mexi por um tempo até que resolvi dormir.

Victoria: acorda Kath!

Abri os olhos e parecia ser 4 horas da manhã, estava morrendo de sono e era um dia muito frio. Resolvi então colocar essa roupa:





Tomei meu café e fui para a escola com Josh e Katherine. Assisti as aulas e em uma delas quase dormi, pois estava com muito sono.

Professor: Katherine quer ir no banheiro lavar o rosto? Está quase dormindo.
Katherine: me desculpa. Não obrigada.

Na hora do recreio, o ‘’anônimo misterioso’’ veio falar comigo.

XXXX: Katherine, quero meus cigarros! –ele disse um pouco bravo.
Katherine: sinto muito parece que perdi eles. –dei um sorriso maldoso. –acho que não vai mais vê-los.
XXXX: ah tudo bem você acha eles para mim.
Katherine: bom, perdi eles no lixo, aposto que não vai querer eles de volta. Caso contrário, sem problemas eu pego pra você.

Ele saiu e fui para o refeitório. Estava sem fome então não comi nada, apenas fiquei conversando com Megan e uma menina, também novata que conheci, chamada Boonie. Foi bom conversar com elas. Voltamos para as salas e depois da escola fui para a casa.
Resolvi ler meu papel, ele me lembrava da vida antiga, na velha cidade. Era tudo tão diferente. Me fazia lembrar inclusive de duas pessoas muito importantes, que não estão mais na minha vida. Imaginei se Justin leu ele. É bem pessoal, espero que não. Tão pessoal que nem gostaria de ler para você. Talvez um dia, mas até lá, ele é minha lembrancinha. Sorri. Estava morrendo de fome. Fui até o quarto de minha mãe. Não a vi. Olhei em seu banheiro e ela devia estar lá, pois a porta estava trancada. Quando ia bater na porta, ouvi uma coisa. Ouvi ela chorar. Mas porque ela estaria chorando. O que será que havia acontecido? Escutei um pouco mais, e não aguentei ficar ouvindo ela chorar. Bati na porta. Ela parou.

Elen: um segundo.

Ouvi ela ligar a pia. Depois de algum tempo ela abriu a porta. Sua cara estava inchada e vermelha de chorar.

Katherine: o que foi mãe? –a abracei.
Elen: nada. Esqueci completamente de fazer o almoço, vou fazer espere só um pouco.
Katherine: não mãe, não precisa. Vou pedir uma pizza. –sorri para ela e esperava que ela retribuísse o sorriso, mas não foi isso que aconteceu. Seria bom vê-la sorrir.
Elen: tudo bem, vai lá.

Esperou eu sair do quarto e fechou a porta. Pedi uma pizza e comi. Depois chamei Josh e Vick para comerem. Queria saber o que estava acontecendo com mamãe. Ela havia acabado de atender uma ligação antes de começar a chorar. Peguei o telefone e vi o número que havia ligado. Resolvi ligar para ele e ver quem era. Liguei e um homem atendeu.

XXXX: alô?

Ao ouvir aquela voz, congelei. Não podia ser, mas por que ele teria ligado será que....




CONTINUA.... Quem será que é no telefone? O que vocês acham? Comentem.

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